
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Com saber Sem prazer
Quem nada sabe se entrega
Pre'ssa sina de viver
Quem tudo sabe não precisa e não se atina
que o sentido dessa sina
É amar e entender
Não entendo a vontade libertina,
A lasciva messalina,
Desta carne que te quer
Quer te amar, te arrebatar, aproveitar
Toda vez que te encontrar
Sem atinar pra o teu querer
Sem saber, com razão não te procuro
Não atiro no escuro
Vou do desejo me abster
Então sigo nessa vida, assassina
Sem o beijo da menina
Com saber mas sem prazer.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Uns Versos
A imagem no espelho, um olhar tão inseguro...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Um Anjo da História
domingo, 21 de junho de 2009
Aquino, Agostinho e o Belo
Contudo, em fins do século XIII a mente do homem da idade média sofre mudanças significativas, não há mais lugar para a imposição e muitos conceitos deixam de ser exclusivos de Deus. Esse é o cenário em que surge São Tomás de Aquino que institui três condições da beleza: “integridade, porque a inteligência ama o ente, proporção, porque a inteligência ama a ordem e ama a unidade, enfim e, sobretudo, esplendor ou clareza, porque a inteligência ama a luz e a inteligibilidade”. Ao contrário da imposição ética e teológica de Platão e Agostinho, o aquinino explicita que a estética começa sensualista e empírica com o hedonismo da vista, que nada mais é do que o agrado, o prazer imediato sobre o objeto, depois ergue-se na estética do juízo, onde temos o “direito” de dizer se um objeto nos agrada ou não, e volta a superioridade do juízo racional, que é o juízo encontrado nos homens. Dois de seus jaezes para o belo são colhidos do pensamento aristotélico e a terceira permanece em seus padrões. A primeira consiste na integridade ou perfeição, o belo causa prazer. É necessário que o ente belo seja bom e, principalmente, bom de conhecer-se. Portanto, o belo tende à perfeição da coisa conhecida; ele é a natureza perfeita da coisa conhecida, ou seja, todas as características que pertencem ao objeto devem estar no objeto. A segunda, a justa proporção ou harmonia, o belo abrange a relação entre as diversas partes que o constituem. De Munnynck, apoiando-se principalmente na Suma Teologica, sugere que a devida proporção é dupla: objetiva e subjetiva. De acordo com a primeira, pela visão tende-se a conhecer a essência de uma coisa ou o que ela é, e ela é o que é por meio de sua forma; tendemos, portanto, a conhecer as formas das coisas; porém, toda desproporção manifesta uma vitória da matéria sobre a forma; o ente desproporcionado não é bom e o conhecimento dele não causa prazer. De acordo com a segunda, a coisa conhecida deve ser proporcional ao observador, o que explica a relação essencial com aquele que apreende a noção do belo (1923). E, por último, a claridade, “o belo é antes de tudo cognoscível. A cognoscibildade é absolutamente necessária ao belo; ela não é senão a clareza, supõe que a coisa seja, não apenas conhecida, mas conhecida facilmente, sem esforço, pelo exercício normal e livre das potências ou faculdades da alma”. (Ivanov, 2006)
Concluímos que para Santo Agostinho a beleza é associada à idéia da revelação e à perfeição de um Deus-Criador ou de uma ordem cósmica preestabelecida. E para São Thomas de Aquino todas as formas são boas e perfeitas, mas, nem tudo que é formal é belo, para isso, a graça divina o serve de complemento.
Agradeço à Thaisa Futenma, pela parceria neste artigo, uma amiga legal.
Bibliografia
IVANOV, Andrey. A noção do belo em Tomás de Aquino / Andrey Ivanov. - Campinas, SP : [s. n.], 2006.
De MUNNYNCK, M. L’esthétique de St. Thomas. In: S. Tommaso d’Aquino, Milano, Vita e Pensiero, 1923.
ECO, Umberto. Arte e beleza na estética medieval, Editorial Presença, 2000.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Platão, Aristóteles e o Belo
Platão, no período clássico grego, foi o primeiro a ponderar essa questão. Ele julgava-se o único ente elucidado o bastante para tal, o que aventurou-se pra fora da caverna. E essa transcendência da limitação humana o permitiu conceber a existência de dois mundos: o mundo das idéias, pertencente a um ser divino e ímpar, onde as formas são perfeitas, eternas e imutáveis, além de inteligível – perceptível apenas através da razão, razão esta que somente ele arrestava. E o mundo real, o das coisas imperfeitas, perenes e mutáveis, percebido por meio dos sentidos, onde o resto da humanidade limitava-se a viver.
Quanto à beleza, Platão, então, a associa ao que é bom e verdadeiro, ao que é perfeito, diz que a beleza existe em si, separada do mundo sensível e, portanto, além da capacidade apreensiva do homem – inatingível para nós. Diz que o artesão imita uma idéia, e o artista imita a imitação, distanciando-se da verdade. Assim, o que é perceptível ao homem nada mais é do que uma cópia pálida de uma lembrança anterior à vida e que o que o homem produz é a reprodução em terceiro grau da perfeição, ou seja, imperfeita, indiferente ao belo. A arte deve seguir a razão, procurando atingir tipos ideais, desprezando traços individuais das pessoas e a manifestação das suas emoções.
Contudo, Platão teve um discípulo chamado Aristóteles, este possuía um pensamento reto e ordenado, deste modo sistematizou a doutrina de seu mestre, introduzindo regras de ordem, grandeza, simetria, determinação e unidade. Com isso rompe-se a idéia de beleza como algo transcendente ao ser: é somente no homem que se pode buscar o ideal. E esta busca não pode ser alheia à inteligência, à razão, pois toda concepção de beleza encerra um julgamento implícito, destarte, toda percepção da beleza exige a participação dos sentidos como intelecto. Aristóteles, porém, não abandona Platão, pois não se afasta da questão de que o belo é universal e necessário, absoluto e ideal, infinitamente superior à realidade.
... e pra você, o que é belo?
“Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate".
Está escrito nas portas do inferno de Dante, mas bem que poderia estar nos grandes lábios de nossas mães. “Abandonai toda esperança, vós que aqui entrais”. Ao embarcarmos nesta jornada (necessária apenas para aqueles que a devotam ao transcendental) sujeitamo-nos aos homens, “opiniões duvidosas em rostos que se alternam”. E, como que por osmose, absorvemos estas duvidosas opiniões e as transformamos em paixões, devoções, esperança, fé. Então passamos a viver com base em suas filosofias, dogmas, rotinas, previsões. Mas o que fazer quando os rostos se alternam? Aceitar. A vida é falha porque as pessoas são falhas e isso não pode ser mudado. Por que ainda tentamos? Porque não há nada escrito lá, está tudo escrito aqui, não está nas portas do inferno, está dentro dele e somente à medida que vivemos e lemos é que percebemos que tentar é o que nos resta. E conseguiremos sair daqui? Bom, minha mente me diz que não posso entender isso. Meu coração? Me diz que não estou pronto. A fé é uma dádiva que ainda espero receber.
domingo, 10 de maio de 2009
Xii! Meu cofrinho espirrou...



